sexta-feira, 7 de setembro de 2012

7 de setembro seria um marco ou uma intenção subjetiva?

  Todos nós, sabemos que 7 de setembro é o marco da independência brasileira, quando D. Pedro I libertou o Brasil do domínio da coroa portuguesa, para muitos é a partir deste cenário histórico e político que D. Pedro I configurou-se como um protagonista brasileiro ou um herói que salvou o Brasil da opressão, porém será? Muitos que estudaram história, especula-se que quando D. João IV foi pressionado a volta pro seu país de origem, deixou seu filho apenas para que este a governasse como imperador, porém o príncipe foi pressionado a voltar para sua terra natal, "cumprindo as ordens do pai", com a ajuda de José Bonifácio, o imperador ganhou apoio de alguns partidos políticos. Já aliança entre a aristocracia rural e o regente era inevitável, cada um defendendo os seus interesses; Para que permanecesse no Brasil, o regente saiu do Rio de Janeiro à Santos junto com sua comitiva, elaborando e colocando em prática negociações em torno da política monárquica, José Bonifácio dando-lhe ciência da pressão das cortes e do parlamento português, o príncipe em 12 de outubro de 1822 foi aclamado imperador do Brasil cumprindo certas exigências, para que a independência acontecesse, D. Pedro teve que pagar caro pela independência brasileira, assumindo toda carga tributária de Portugal que estava devendo para a Inglaterra.
  Em sua comemoração Pedro Américo fez um quadro representando D. Pedro em um alazão junto com sua comitiva elaborando o que poderíamos dizer como a independência e a vitória do Brasil, no rio do Ipiranga; Note você que neste quadro, a interpretação dada pelo pintor que designou um homem como sendo o "povo" na esquerda, sem poder compreender do que seria este acontecimento, apenas a olha e admira a agitação:

  Porém, historiadores modernos afirmam que este tipo de acontecimento nunca aconteceu, D. Pedro estaria na realidade, montado em mulas já que naquela época, as mulas podiam carregar mais bagagens do que um cavalo, se ele declarou no rio ou no riacho, é um mito tão grande quanto do boi da cara preta, se ele sentiu dores de barriga por ter comido algo ruim ou podre, e por insatisfação de seu pai também é outro mito, para que houvesse humor precisou-se criar mais uma história em torno do mito, tudo aconteceu em portas fechadas, estavam lá a aristocracia, os partidos políticos compostos por maçons de várias ordens, os administradores de algumas províncias e o regente.
   Porém, ainda que tornasse o Brasil independente, era ainda preciso defender seus interesses centralizadores, existiu de ter nas províncias revoltas contra a elite e a posição do regente, eram elas Bahia, Maranhão, Pará, Piauí e a província da cisplatina (atual Uruguai), para pacificar as províncias D. Pedro foi obrigado a tomar empréstimos estrangeiros  e contratar mercenários de outros países, uma vez que na época, não havia aqui grandes estrategistas militares brasileiros. Foram eles, os ingleses John Grenfell e Jonh Taylor, o francês Pedro Labatut e o escocês Lord Cochrane.
   A maior resistência concentrou-se na Bahia, com o brigadeiro português Madeira de Melo. Então as tropas de Pedro sitiaram Salvador. Madeira de Melo partiu para a ofensiva, as tropas brasileiras estavam sendo derrotadas, quando o major Barros Falcão mandou o corneteiro dar o toque de retirada, ao invés disso, tocou avançar cavalaria provocando o pânico entre os portugueses, que recuaram. Com a chegada do almirante Lord Cochrane, que fez o bloqueio marítimo, Madeira de Melo foi definitivamente vencido e partiu para Portugal em 2 de julho de 1823.
   A vitória do governo sobre o Maranhão, Piauí e Pará foi muito fácil: no Piauí, o governador Cunha Fidié, que ameaçava invadir o Ceará foi derrotado e rendeu-se; no Maranhão as tropas portuguesas se retiraram depois da chegada de Lord Cochrane, que ao chegar com um navio apenas, deu a impressão que era o primeiro de uma forte esquadra. No Pará Grenfell repetiu a mesma estratégia de Cochrane.
   Na cisplatina, o governo saiu mais uma vez vencedor, derrotando o português  D. Álvaro da Costa. Mesmo assim, a Cisplatina não reconheceu o governo do regente e passou a lutar por sua independência, o que mais tarde, se tornaria um dos conflitos mais sérios.
   Após várias lutas a independência finalmente havia sido reconhecida por todos e estendida em todo território nacional. 

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